Por Pedro Melo Júnior
Algumas pessoas escolhem café como escolhem meias: o primeiro que aparece na prateleira.
Outras escolhem como escolhem vinho: pela origem, pelo aroma, pela história que o sabor conta.
E nesse mundo onde uma xícara pode conter afeto, técnica e terroir, a pergunta inevitável é:
Você sabe o que está bebendo?
A maioria das pessoas não sabe.
Então vamos começar do começo.
Não é tudo igual: os tipos de café no Brasil
Os cafés no Brasil são classificados de forma técnica com base na qualidade do grão, presença de defeitos e avaliação sensorial. As categorias mais comuns são:
Café Tradicional
O famoso “café de mercado”. Geralmente feito com grãos de baixa qualidade, muitas vezes da variedade Conilon, com alto índice de defeitos, impurezas e torra muito escura (às vezes para disfarçar problemas de sabor).
É amargo, intenso e costuma deixar aquele gosto de queimado — que muita gente confunde com “café forte
“Café Forte”? É quase um aviso: vem chumbo grosso aí.
E se antes dava pra dizer “tá ruim, mas pelo menos é barato”, hoje tá ruim e caro.
A cortesia virou prejuízo.
Nota SCA: abaixo de 70 pontos.
Custo-benefício: baixo. Pesa no bolso e no paladar.
Café Extra Forte (variação do Tradicional)
É o “primo dramático” do tradicional. A torra é ainda mais agressiva, o sabor beira o carbonizado, e a promessa de força esconde a ausência de delicadeza.
Marketing de impacto com café sem alma.
Café Gourmet
Termo popular, mas sem regulamentação oficial. Costuma ser feito com grãos 100% Arábica e menos defeitos, porém com bastante variação de qualidade. É um passo à frente do tradicional, mas ainda pode faltar verdade no sabor.
Nota SCA: entre 70 e 80 pontos.
Custo-benefício: médio. Melhor que o tradicional, mas nem sempre consistente.
Café Especial
Aqui o jogo muda.
São grãos 100% Arábica, colhidos seletivamente, sem defeitos primários, e com pontuação acima de 80 na escala da Specialty Coffee Association (SCA).
A xícara entrega sabor limpo, notas sensoriais ricas (florais, frutadas, achocolatadas, amendoados), doçura natural e acidez equilibrada. É como sair do preto-e-branco direto pro 4K.
Nota SCA: 80 pontos ou mais.
Custo-benefício: alto valor, mas com entrega real de qualidade.
Por que escolhi o café especial na BITCOFFee Le Cafetier ?
Na nossa cafeteria, o café não é só bebida.
É símbolo de cuidado, de valor, de pausa com propósito.
Escolher café especial foi uma decisão baseada em três fundamentos:
Excelência sensorial
A experiência na xícara é real: notas de frutas, chocolate, flores, mel… sem precisar adoçar.
Valor à cadeia produtiva
O produtor é pago com justiça. Cada grão tem origem rastreável e é cultivado com respeito à natureza e às pessoas.
Experiência com alma
Nossos clientes não vêm só pra “tomar um café”, mas para se conectar com algo maior: sabor, cultura, propósito.
Café especial nos ensina a respeitar o tempo.
A valorizar o invisível. A escolher com consciência.
Não é só sobre o que você bebe, é sobre o que você vive.
E se você nunca experimentou um café especial… acredite: você ainda não tomou café de verdade.
Quer saber mais sobre café, mercado e empreendedorismo , então siga no Instagram @pedromelo.jr
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