Ligia Yokomizo é empresária, economista, conselheira e fundadora da A&B Advisors. Professora de gestão financeira, escritora e mentora de empresas familiares, restaurantes e startups.
O universo das startups é marcado por tecnologia, inovação e incertezas constantes, especialmente nas fases iniciais — ideação, validação e tração. Muitos fundadores ainda estão amadurecendo como gestores. Pesquisas da KPMG e CB Insights apontam que uma das principais causas de falência em startups é justamente a ausência de liderança estratégica e a falta de mentoria especializada. A capacidade de formar equipes, tomar decisões financeiras acertadas e estruturar modelos de negócio escaláveis é essencial — e muitas vezes subestimada.
É nesse ponto que mentores e conselheiros estratégicos fazem toda a diferença. Enquanto os mentores focam na praticidade da execução do dia a dia e no desenvolvimento de liderança, os conselheiros contribuem com visão de longo prazo, governança e estratégias para captação e uso eficiente de recursos. Ambos ajudam a profissionalizar a gestão, ampliar a visão do fundador e evitar armadilhas comuns em negócios em crescimento.
Um exemplo emblemático é a trajetória do Airbnb. Nos seus primeiros meses, os fundadores enfrentaram dificuldades para captar investimento e provar seu modelo. Foi a orientação de Paul Graham, do Y Combinator, que auxiliou a startup a reposicionar sua estratégia — inclusive sugerindo a criação dos famosos cereais Obama O’s e Cap’n McCain’s, que geraram receita e visibilidade. Sem essa mentoria, talvez o negócio não tivesse resistido à fase crítica.
Portanto, ter ao seu lado mentores e conselheiros experientes é um diferencial competitivo. São eles que aceleram aprendizados, evitam erros caros e contribuem na construção de empresas mais sólidas, sustentáveis e atraentes para o mercado e para investidores. Toda startup que pretende prosperar precisa investir nessa rede de apoio estratégica.
Fonte: foto gerada por IA – site Freepik
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