Colunista Empreendedorismo Feminino

Esqueça os influenciadores perfeitinhos: agora quem vende é o dono da marca.

Durante muito tempo, o marketing digital seguiu um roteiro bem conhecido: bastava encontrar um influenciador com números altos, entregar um produto e esperar que os resultados viessem. Essa era a era dos publiposts, da influência medida por curtidas, dos rostos perfeitos que falavam de qualquer assunto. Mas os tempos mudaram — e o público também.

Hoje, uma nova tendência tem ganhado força no Brasil e no mundo: o Founder-Led Marketing. O nome pode soar técnico, mas a ideia é simples e poderosa. Estamos falando de quando o próprio fundador da marca se torna seu principal influenciador, comunicador e garoto-propaganda. É o dono da empresa que aparece nos vídeos, nos bastidores, nos bastidores e nas campanhas, falando daquilo que vive, sente e defende todos os dias.

E sabe por que isso funciona tão bem? Porque ninguém no mundo entende mais da sua marca do que quem a fundou. E ninguém fala com mais paixão e verdade do que quem viu essa história nascer. O público, cada vez mais exigente, quer verdade. Quer saber o porquê das coisas. Quer conexão com pessoas reais. E o founder, com sua vivência e autenticidade, entrega isso com força e sem filtros.

Vivemos um tempo em que a humanização da marca não é mais um diferencial — é um pré-requisito. As pessoas não compram só o produto. Elas compram a história, os valores e a coerência por trás daquilo. E isso não vem de uma campanha bonita: vem de alguém com coragem de aparecer e contar por que faz o que faz.

Por isso, vemos tantos empresários virando vitrine de seus negócios. O caso do “Véio da Havan” é um dos mais emblemáticos no Brasil. Ele virou sinônimo da própria empresa, com um posicionamento polêmico, mas inegavelmente eficaz em termos de visibilidade e conexão com seu público. Outro exemplo é o João Adibe, CEO da Cimed, que transformou sua presença nas redes sociais em um ativo institucional da marca, misturando bastidores, família, empresa e propósito de forma autêntica.

E esse movimento não é só para os grandes. Pequenos empreendedores, donos de cafeterias, marcas locais, negócios criativos — todos podem (e devem) se beneficiar do Founder-Led Marketing. A rede social está acessível. A câmera está na sua mão. E se você é o fundador, você tem o que mais importa: a história real.

E não, você não precisa ser carismático. Não precisa ser um showman. Founder-led não é sobre ser famoso — é sobre ser verdadeiro. É sobre ocupar um espaço de autoridade legítima, mesmo com medo, mesmo sem roteiro, mesmo começando do zero. Porque quem vive a marca é quem tem a legitimidade para falar dela. E se você não fizer isso, alguém menos apaixonado vai fazer por você — e talvez sem o mesmo impacto.

F
undador que se posiciona não só vende mais — ele constrói comunidade, inspira equipe e cria conexão duradoura com o público.

Então, se você é dono de uma marca, guarde isso: a sua história é seu maior diferencial. E o marketing de hoje — mais humano, mais direto, mais real — quer te ouvir. A pergunta é: você vai continuar escondido atrás da sua logo ou vai ocupar o espaço que é seu?

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