Colunista Economia

O Dia Livre de Impostos e a distorção que precisa ser enfrentada

Hoje, 29 de maio, é o Dia Livre de Impostos. Imposto é roubo?
Essa é uma pergunta que muita gente tem medo de fazer — mas hoje, ela ressoa com força
em meio ao movimento nacional que expõe, de forma clara, o peso invisível (mas muito
real) dos tributos no nosso dia a dia.
O Dia Livre de Impostos é uma iniciativa para conscientizar a população sobre o tamanho
do problema: produtos com até 70% de desconto simplesmente por não incluir a carga
tributária. Isso não é liquidação é uma amostra de como o sistema sufoca quem
empreende, consome e trabalha.
Como dizia Ludwig von Mises, “O intervencionismo do Estado destrói a economia de
mercado e substitui o empreendedor pela burocracia.” Quando o governo tributa
excessivamente, ele não está apenas tirando dinheiro — está tirando liberdade, tirando o
incentivo de produzir, inovar e prosperar.
A Escola Austríaca de Economia sempre defendeu que a única forma legítima de se obter
recursos é por meio do livre mercado, da cooperação voluntária. Quando o Estado toma
pela força uma parte da sua produção para sustentar sua máquina ineficiente e
muitas vezes corrupta, isso se aproxima, sim, de um roubo legalizado.
A ação de hoje, embora simbólica, deveria ser um grito de alerta. Estamos normalizando o
absurdo. Pagar impostos no Brasil virou sinônimo de sobreviver com o mínimo e produzir
com o máximo de sacrifício isso quando o Estado não atrasa, nega ou destrói o retorno
desse dinheiro.
Como empreendedor, economista e cidadão, defendo uma reforma tributária séria, que
simplifique o sistema e devolva protagonismo a quem realmente move a economia: o setor
produtivo. E mais do que isso, defendo uma mudança de mentalidade — onde liberdade,
mérito e responsabilidade voltem a ocupar o centro do debate.
O Dia Livre de Impostos não deveria ser apenas uma campanha anual. Deveria ser o início
de um novo ciclo. Um país onde empreender é liberdade, e não culpa. Onde tributar é
servir, e não punir.
Seguimos trabalhando com coragem para construir esse país.
Gustavo Araújo
Economista

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